12 May 2009

Introdução à bebedeira

Saudações no passado sábado fiz uma investigação ciéntifica, fui beber uns canecos de cerveja com colegas após o trabalho e decidi fazer uma investigação cientifica sobre o alcool, e os seus efeitos. Por sorte tive presença de espirito para ir registrando o que pensava e como me sentia.

Uma breve nota: o Bar chama-se Moby's Bar e fica em Odivelas, tem a cerveja particularmente acessivel, uma canela de um litro custa 5 euros, em poucos bares, se encontra um preço tão em conta.

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Hora local:
02h40
Segunda de caneca de cerveja

1 - Veio à conversa com o grupo que o alcool é anestésico, e é verdade, muitas pessoas "do antigamente" bebiam uns copitos antes de fazer qualquer coisa dolorosa no corpo .. arrancar um dente, coser uma ferida (coser mesmo de coser e não de cozer; coser de custurar)
Então reparei que havia certas partes de mim que não sentia, ou seja, a minha mão em certos sitios da cabeça, não parecia ser a minha mão, a sensação de tocar na cabeça sóbrio e alcoolicamente alterado são diferentes. Ou seja, são tudo sensações novas, entendam como quiserem.
Primeira conclusão:

Alcóol anestecia/altera a sensibilidade.

2 - Há quem diga que os "bebâdos é que deviam ser politicos" - O Lula que o diga - normalmente ouve-se logo a seguir como resposta: "tu estás bebâdo". Mas esta expressão tem fundamento, quando se está não-sóbrio têem-se uma lucidez de pensamento espectacular (ou pensa-se ter), e somos verdadeiros, aquilo que dizemos na altura funciona e estamos convictos sobre isso, não mentimos.
Segunda conclusão:

Somos verdadeiros, e não mentimos.

(O agente da autoridade manda-nos parar: "-O senhor está bebâdo!" "- Pois estou!")

3 - Sentimo-nos capazes de fazer tudo - o que muitas vezes é problemático, eufóricos, o mais estranho foi já quando pensava assim, estar a escrever no telemóvel, o que ia pensando, e os dedos teclarem quase que sózinhos, como se houvesse dois seres, um a dizer e outro a escrever, ou seja, não tinha conciencia sobre o que estava a escrever, não tinha atenção para o mesmo, estava a sair conforme o que pensava, e sem erros.
Terceira conclusão:

Não há limites

4 - Dá-se sensações estranhas de estabilidade, encostado à parede, olho para os meus pés, e não vejo dois pés, vejo os pés de um bailarino, porque eles estão a dançar e não param quietos.
Então decidimos acompanha-los, visto estarem a dançar, vamos pôr o corpo a acompanha-los, então ficamos excitados e loucos pela música e viramos um Fred Astaire
Quarta conclusão:

A dança em nós é inata. E não o sabiamos.

5 - Perdemos a ideia de quem somos dançamos pelo local de um sitio para o outro, batemos nas outras pessoas enquanto dançamos, sorrimos e pedi-mos desculpa, rasgamos sorrisos para todo o lado, viramos mestres de relações públicas, pois queremos falar e conhecer toda a gente.
Quinta conclusão:

Timidez desaparece

Isto continuaria com inúmeras letras, mas a Introdução à Bebedeira fica por aqui. No futuro abordaremos novamente este tema. Vêem ai os Santos populares, aposto que não irá faltar mais opurtunidades de análise.
Quero apenas agradecer aos meus cúmplices nesta esperiencia cientifica, Carina a Condutora 100%Cool, o Armindo o Mestre Cervejeiro, e ao Nelson Pacifista. Obrigado
MM

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