12 March 2007

O Frederico morreu

Caros Rissóis, Frederico morreu. É verdade, o nosso "mui querido amigo" e personagem de ficção muito pouco confiante faleceu.
Acho que alguém lhe deu um tiro, e agora anda como fantasma à volta da Florinator.
Isto trás uma grande lição de vida. Frederico andava pra trás e pra a frente a ver se comia ou nao a Floribela, como não se decidiu morreu.
Assim como a TVI lançou a ideia de mistério e crime com o "quem será o tubarão?" .. Os argumentistas de Floribella também acharam bem em matar alguém.
Não fiques ai a pensar em se sim ou não, age. Não penses, faz.
..
Assim em geito de Hip-Hop:

Frederico já morreu
Morreu e não comeu
Tu que estás ai
Tira a conclusão
Se vale a pena a vida
Sem lhe ir ao bujão

Peace
MM

02 March 2007

Lixo na Rua

Já repararam na quantidade de lixo que existe nas ruas? Ou devo dizer.. Já repararam na quantidade de pessoas que deita lixo para o chão?

"- Ah! É só um papel de rebuçado!"

Ou

"- Uma beata não é nada, além disso já ali estão tantas no chão!"

Pois.. Estão tantas no chão porque houve um primeiro parvalhão a inaugurar aquele espaço como um local para todos os parvalhões mandarem para lá beatas.
Eu não me preocupo com a história dos meus netos e bisnetos, não terem água para beber, ou haver poluição na rua, ou não haver árvores para tranformar o CO2. Preocupo-me sim é que serei lembrado por eles, por alguém que não fez nada, como alguém que viveu á grande e não tratou de que os outros também assim vivessem.
Sim preocupo-me com o meio ambiente, sim preocupo-me com a desflorestação mundial. Mas os principais responsáveis por isso, não.
Algo tem de mudar, comecem por vocês. Pensem em Reciclar, pensem em evitar fazer lixo, e quando o fizerem coloca-lo no sitio certo.
Tenham respeito pelo vosso espaço, pela vossa cidade.
O que vale é que ainda vai havendo gente respeitadora .. e deita o Lixo no lixo




MM

01 March 2007

O maravilhoso mundo do "obral"

Ao longo dos vários milénios de existência da humanidade, diversas profissões têm-se
dissipado nas marés do tempo; no entanto duas delas mantêm-se eternas: a prostituição, a mais velha profissão feminina e no lado masculino, a CONSTRUCÇÃO CIVIL, mais conhecida como "obral". Já que o tema da prostituição já foi abordado por mim, dedicarei então este post a essa singular profissão.
Sejam então bem-vindos ao maravilhoso mundo do obral. Como muitos de vós já sabem, o obral é um universo à parte da nossa sociedade, uma espécie de seita, com regras e estatutos muito bem definidos, em que as diversas classes se agrupam num esquema de pirâmide, em que os mais inúteis se encontram no topo e os mais trabalhadores na base. Muitas coisas poderiam ser ditas acerca deste mundo à parte mas irei apenas identificar e falar um pouco sobre cada classe.

Engenheiro- Esta classe situa-se no topo da pirâmide sendo a classe mais inútil deste universo. Geralmente, pode ser encontrado à porta da obra, ao lado do seu Mercedes, empunhando um fato que custa mais que o ordenado de um pedreiro, com as mãos atrás das costas e a olhar pensativamente para a construcção. Por vezes faz perguntas de um altissimo nível intelectual, tais como: "Ó Silva, o que é aquela coisa amarela e comprida que está ali em cima?" ao que o empreiteiro responde: "É a grua, senhor Engenheiro".

Fiscal- Personagem sazonal e de aparições raras neste meio, o fiscal das obras, tal como o engenheiro, é caracterizado pelos fatos e carros de alta cilindrada mas com uma diferença: o ar pesado e sério com que entra na obra e a boa disposição e cara sorridente com que sai, enquanto aconchega no bolso do casaco um pedaço de papel extremamente parecido com um cheque.

Empreiteiro- Classe completamente dependente do telemóvel, o empreiteiro marca a transição entre as classes completamente inúteis e as classes que têm que trabalhar para comer. O empreiteiro é um especialista mundial na arte de falar ao telemóvel enquanto resmunga ordens para o encarregado. Desempenha também um importante papel nas relações com o fiscal das obras, sendo ele que lhe entrega o tal papel extremamente parecido com um cheque.

Encarregado- Classe geralmente obesa, é caracterizada pela sua indumentária única: calças de ganga muito coçadas na região traseira; camisa axedrezada com o último botão desapertado deixando à vista a sua volumosa pelosidade peitoral; caneta ou busca-polos pendurado na orelha e bolsa de telemóvel à cintura. Habita nas regiões mais escondidas e escuras da obra, onde berra ordens aos seus subordinados, autênticas pérolas de sabedoria tais como: "Ó preto, mas que merda é essa de estares a comer na hora de trabalho?" ou então: "Não te apetece ir prá betoneira??? Se fosse uma gaja boa, já não te importavas de lá enfiar a pá, não é? VAI TRABALHAR CARALHO!!!!"

Trolha- Sem dúvida nenhuma, a classe mais emblemática e mitíca do obral. É a classe que se situa na base da pirâmide, sendo por isso a classe mais trabalhadora. Actualmente, o trolha tuga ocupa um lugar previligiado na CTI (Comunidade Trolha Internacional), tendo já sido reconhecido por diversas vezes por uma técnica de mandar piropos a roçar a perfeição e pela sua capacidade inata de cravar o almoço. Ao contrário das outras classes, o trolha é diversificado na sua indumentária; no entanto existem alguns pontos em comum entre os vários trolhas:
- Boné com buracos colocados de forma estratégica de forma a optimizar a ventilação.
- T-Shirt com patrocínio a uma qualquer marca de cerveza.
- Calças dois números acima de forma a permitir a refrigeração da zona traseira
- Maço de tabaco SG Ventil no bolso de trás
Ao contrário das outras classes, o trolha não tem transporte própio, normalmente optando por duas alternativas clássicas:
1- Passe social
2- A Toyota Hiace da empresa, onde viaja com mais 15 colegas seus no banco de trás.

Para concluir, uma pequena opinião pessoal: apesar de ser considerada uma profissão pouco gratificante, para mim o obral é um poço de sabedoria eterna; sem o obral, o mundo seria mais pobre e expressões eternas como "Tú és como um helicóptero: gira e boa" jamais teriam existido.Um mundo sem trolhas é como um programa do Herman: não vale um caralho!!!!!!
JP